Movimento Estudantil

Uma História de Lutas!

Em 1964, com o golpe militar, a democracia nos foi tomada à força. Associações e sindicatos foram fechados, líderes foram presos, torturados e muitos desapreciados e exilados. Com o movimento estudantil não foi diferente, desde o início, os estudantes foram vítimas da repressão. A sede da UNE foi incendiada, logo o confronto foi inevitável e as entidades estudantis foram consideradas ilegais e proibidas. Estudantes foram presos e perseguidos e, em 1968, os protestos foram mais intensos. Mas o movimento estudantil se fortalecia na luta pela democracia e as ações militares chegaram a causar a morte do estudante Edson Luiz durante uma manifestação. A resposta do governo militar foi dura e eficiente, e o movimento estudantil se enfraqueceu até quase desaparecer em meados da década de 70. A partir daí, o movimento estudantil teve que ficar adormecido ou sofria com a repressão.

Quando se iniciou a reorganização de grêmios estudantis e uniões municipais com a movimentação pelas diretas, em 1984, o movimento se reestruturou e, em 1985,  estabeleceu-se de forma legal, sendo reconhecida com a aprovação da lei 7.389 de 1985, que garantia a existência e livre organização de grêmios estudantis nas escolas brasileiras.       

Nas décadas de 90, o movimento estudantil atingiu o seu auge no período democrático, grêmios estudantis e entidades eram criadas em todas as escolas e cidades com palavras de ordem e frases tiradas de músicas da banda Legião Urbana. Estudantes invadiam a capital federal e, no dia 27 de março (Dia Nacional da Luta pela Educação), tantos estudantes quanto o gramado podia suportar vinham de todo o país para mostrar a cara e fazer com que os governantes entendessem que o movimento estudantil nunca mais se calaria, nem mesmo sob a força e a repressão.

Grêmio Estudantil

Grêmio estudantil é um órgão autônomo, de representação máxima da organização coletiva do corpo discente de cada escola, composto apenas por estudantes de uma mesma escola, eleitos para defender os interesses coletivos e individuais dos estudantes, trabalhar no sentido de oportunizar uma efetiva integração escola-comunidade, desenvolver e incentivar atividades culturais, cívicas, desportivas e de congregação social, bem como incentivar o estudo e o debate de temas políticos, econômicos e sociais, além de expor as reivindicações, idéias e os anseios dos estudantes de maneira organizada e representativa dentro e fora da escola.

O grêmio estudantil é regulamentado pela Lei Federal 7.398 de 04 de Novembro de 1985, contudo seu texto é muito vago e incompleto de forma que gera inúmeras dúvidas e acaba criando várias interpretações, nesse sentido muitos estados regulamentam a norma federal com o intuito de facilitar e orientar a classe estudantil, muitas entidades auxiliam na constituição dos grêmios estudantis, contudo todo zelo é importante uma vez que nem mesmo as entidades estudantis podem interferir no processo que pertence somente aos alunos daquela instituição.






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